Aquele velho e conhecido aperto no peito
O nó que se forma ao se guardar o sentimento
Remoer
Por temer que a voz que vai sair seja um rugido
Rugido que pode espantar
Por não ser compreendido, ou bem visto
Nem por mim mesma.
Então, olho para o sol, para o céu, sinto o vento em meu rosto
Lembro-me do porque me sinto assim
Dos outros nós que desatei
E vou digerindo.
Chega de úlceras
Chega de ervas daninhas.
O rugido pode ser escrito
Transformado
E somente por mim mesma.
Eliana Leite
15/02/2021